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Aspectos Naturais do Japão

Fragmentado em milhares de ilhas, o território do Japão é pequeno se comparado a sua grande população.

O Japão está localizado em uma zona que concentra os maiores vulcões em atividade do planeta
O Japão está localizado em uma zona que concentra os maiores vulcões em atividade do planeta
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O Japão é um arquipélago no Pacífico, separado da costa leste da Ásia (China e Coreias) pelo Mar do Japão, ao sul pelo Mar da China Oriental (China e Taiwan) e ao norte pelo Mar de Okhotsk, em direção da Rússia, possuindo uma área total de 377.835 km². Sua superfície está intensamente fragmentada, com seu território distribuído por mais de 6.000 ilhas, sendo as quatro principais Hokkaido, a mais setentrional e fria, Honshu, a maior e mais populosa, Shikoku, a menor e menos populosa, e finalmente Kyushu, mais ao sul.

O relevo do país é formado fundamentalmente por montanhas, constituído por uma secção da era Cenozoica – relativamente recente, com menos de 65 milhões de anos – no nordeste e uma secção originada entre as eras Mesozoica e Paleozoica no sudeste, o que explica a carência de recursos minerais. A presença de minerais metálicos como ferro, ouro, manganês, entre outros, está condicionada a formações geológicas antigas, com pelo menos 2 bilhões de anos. Tal fator natural exigiu do Japão a conquista de porções da Manchúria chinesa e da Península da Coreia para sustentar o crescimento industrial japonês entre o final do século XIX e o início do século XX.

Ainda com relação às questões relacionadas ao relevo, o país está localizado próximo ao contato entre quatro placas tectônicas (Placa das Filipinas, Placa do Pacífico, Placa Euroasiática e Placa Norte-Americana). A maior parte do Japão está situada em cima da Placa Okhotsk, que por muito tempo foi considerada parte integrante da placa Norte-Americana. Além da formação de cadeias montanhosas, essa localização torna o Japão um país com altos níveis de instabilidade tectônica, com a presença de vulcanismo ativo, fazendo parte de uma zona conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, que concentra os maiores vulcões em atividade do planeta.

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Outra consequência dessa localização é a vulnerabilidade a abalos sísmicos e tsunamis, nas mais diversas intensidades. Mesmo com estudos fundamentados em séculos de observação e alto nível de pesquisas geológicas, é praticamente impossível prever um grande terremoto com uma antecedência que permita a evacuação preventiva das áreas. Os danos provocados pelos terremotos de grande magnitude são igualmente imprevisíveis, como o tremor de 8,9° na escala Richter ocorrido no dia 11 de março 2011 que desencadeou um tsunami com cerca de 10 metros de altura, que entre tantos estragos causou o acidente na usina nuclear de Fukushima.

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Como quase 80% do relevo japonês é formado por montanhas, as planícies litorâneas concentram a maioria da população, promovendo a potencialização dos recursos com a utilização de técnicas como a polderização, principalmente para aumentar as restritas terras agrícolas. Em função da grande quantidade de áreas montanhosas, os rios japoneses são pouco extensos, mas intensamente aproveitados, principalmente para a geração de energia e irrigação.

Seu clima, ao norte, recebe influência das massas frias e secas que se deslocam da Sibéria, da corrente fria de Oya Shivo (Curilas) e das monções de inverno, configurando um clima temperado frio. Na porção central do país predomina o clima temperado oceânico influenciado pela corrente quente de Kuro Shivo (Corrente do Japão) que ameniza as temperaturas no inverno. Ao sul, o clima predominante é o subtropical, influenciado pela corrente quente e pelas monções de verão, que aumentam a quantidade de chuvas.

Em virtude das variações climáticas e da presença de diferentes altitudes, podemos afirmar que o Japão possui uma variedade em seus aspectos de flora e fauna, mas como o Japão é um país altamente urbanizado, com grande concentração populacional, a vegetação nativa do país ocorre em áreas bastante restritas. Em algumas localidades, a atividade agrícola acaba se confundindo com as paisagens naturais. Na ilha Kyushu, a presença das monções de verão e da corrente quente Kuro Shivo contribui para a formação de maior biodiversidade. Existem remanescentes de floresta subtropical ao sul e de floresta decídua na porção central. Nos trechos localizados mais ao norte do país ocorrem as coníferas.


Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola

Escritor do artigo
Escrito por: Júlio César Lázaro da Silva Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Júlio César Lázaro da. "Aspectos Naturais do Japão"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/japao/geografia-japao.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

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