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Guerras Greco-pérsicas

Os exércitos gregos se uniram militarmente para conter a investida do temível Império Persa
Os exércitos gregos se uniram militarmente para conter a investida do temível Império Persa
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Por volta dos séculos VI e V a.C., o Império Persa estabeleceu um processo de expansão territorial que abrangeu um amplo número de regiões dos mundos Oriental e Ocidental. Esta sequência de conquistas militares atingiu o litoral da Ásia Menor, lugar onde existiam algumas colônias de origem grega. Inicialmente, a dominação dos persas sobre os povos daquela localidade aconteceu sem maiores rumores. Contudo, essa coexistência harmoniosa logo ruiu.

As revoltas das cidades gregas foram duramente reprimidas pelos opulentos exércitos da Pérsia. Após conterem os levantes ocorridos em Mileto, o poderio militar persa aproveitou do incidente para controlar as cidades da Trácia e da Macedônia. Logo em seguida, o rei Dario exigiu a rendição das demais cidades-Estado que se situavam na Península Balcânica. Muitas delas, sem condições de defesa, se renderam imediatamente.

No ano de 490 a.C., navios persas aportaram na Planície de Maratona e rumaram seus exércitos contra a cidade de Atenas, localizada a 40 quilômetros do litoral. Apesar de menos numerosos, os exércitos atenienses comandados por Milcíades conseguiram abater a investida persa e retardar a invasão à Grécia Continental. Após a vitória, Atenas saiu militarmente prestigiada e passou a tomar ações que pudessem reforçar seu aparato bélico disponível.

Os persas, inconsolados com a derrota, preparavam um novo plano militar que garantiria a dominação de seu império contra os gregos. Em 480 a.C., o Império Persa colocou seu plano em ação promovendo a conquista de várias regiões gregas. Contudo, vale destacar a resistência dos espartanos, que, com apenas 6 mil soldados, conseguiu retardar a incursão persa na Batalha das Termópilas. Nesse meio tempo, os atenienses se retiravam de sua polis com o uso de várias embarcações.

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A manobra utilizada pelos atenienses fez com que os persas fossem atraídos para as imediações do Canal de Salamina. Nessa estreita região, os ágeis e pequenos barcos gregos puderam subjugar eficazmente as grandes e pesadas embarcações que formavam as esquadras de guerra da Pérsia. Dessa forma, o numeroso exército persa que permaneceu na região da Tessália não conseguiu suportar a investida grega sem o suporte bélico e alimentar de seus navios.

Após conseguir superar os persas na Península Balcânica, os gregos passaram a travar novas batalhas na Ásia Menor. Nesse meio tempo, a cidade-Estado de Atenas teve força política suficiente para liderar uma frente militar envolvendo várias cidades-Estado. Com isso, dava-se origem à Liga de Delos, acordo em que várias cidades gregas cediam armamentos e recursos financeiros para conter outras possíveis ações militares dos exércitos persas.

Depois de amealhar tropas, armas e embarcações suficientes, a Liga de Delos passou a empreender novas lutas com o objetivo de recuperar suas colônias na região da Ásia Menor. Comandados por Címon, os gregos conseguiram dar um fim à ação dos persas na região do rio Eurimedonte, em 468 a.C.. No ano de 448 a.C., os persas assinaram o Tratado de Susa, em que se comprometiam a não mais tentar invadir a Grécia.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Guerras Greco-pérsicas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/guerras-grecopersicas.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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