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Cleópatra

Cleópatra, rainha do Egito por mais de 20 anos, foi uma das mulheres mais famosas da Antiguidade, sendo reconhecida por sua habilidade política e personalidade forte.

Cleópatra em um antigo papiro egípcio.
Cleópatra foi rainha do Egito por mais de 20 anos, sendo uma das mulheres mais influentes da Antiguidade.
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Cleópatra foi rainha do Egito de 51 a.C. a 30 a.C., reconhecida como uma das mulheres mais importantes da Antiguidade. Era dotada de uma grande personalidade e boa habilidade política, procurando governar o seu reino de maneira autônoma. Ela pertencia à dinastia ptolomaica, sendo culturalmente grega, apesar de ter nascido no Egito.

Ela também ficou marcada por ter se envolvido com dois dos mais poderosos homens da república romana, Júlio César e Marco Antônio. Cleópatra teve um curto romance com Júlio César, tendo um filho com ele. Já com Marco Antônio a rainha egípcia teve um romance que durou dez anos, e juntos tiveram três filhos.

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Tópicos deste artigo

Resumo sobre Cleópatra

  • Cleópatra nasceu em Alexandria, em 69 a.C.

  • Era filha de Ptolomeu XII, sendo parte da dinastia ptolomaica.

  • Era culturalmente grega, sendo que o grego era o seu idioma nativo.

  • Foi rainha do Egito de 51 a.C. a 30 a.C, sendo também a última governante dessa civilização.

  • Teve romances com Júlio César e com Marco Antônio.

  • Cometeu suicídio para não ser levada como prisioneira de Otávio.

Quem foi Cleópatra?

Cleópatra é uma das mulheres mais conhecidas da Antiguidade e esteve no centro de uma das maiores disputas da república romana. Ela foi rainha do Egito de 51 a.C. a 30 a.C., pertencendo à dinastia ptolomaica, a qual se estabeleceu no poder após a morte de Alexandre, o Grande. Cleópatra ficou conhecida por ser dotada de uma personalidade forte e por ser muito influente.

Ela foi a última governante do Egito, antes de o território se tornar uma província anexada ao território romano. Cleópatra ficou conhecida por falar diversos idiomas, por governar de maneira firme e autônoma e por ser amante de dois importantes personagens da história romana: Júlio César e Marco Antônio.

Juventude de Cleópatra

Cleópatra nasceu no ano de 69 a.C., sendo filha do faraó egípcio Ptolomeu XII. Não se sabe exatamente quem foi a mãe de Cleópatra, mas supõe-se que foi Cleópatra V, esposa do faraó egípcio. Ela nasceu em Alexandria, no Egito, mas era culturalmente grega.

Nessa época, o Egito era governado pela dinastia ptolomaica, a dinastia que se estabeleceu no poder depois da morte de Alexandre, o Grande. O Egito foi conquistado por Alexandre e tornou-se parte da Macedônia no século IV a.C. Depois que Alexandre morreu, em 323 a.C., o Egito passou para o controle de um de seus generais, Ptolomeu I.

Como Ptolomeu era grego, a dinastia ptolomaica era culturalmente grega. Por isso, a língua nativa falada por Cleópatra era o grego, e sua formação educacional seguiu os padrões da cultura grega.

Ela aprendeu filosofia, oratória, artes, entre outros saberes. Cleópatra, diferentemente de outros membros da dinastia ptolomaica, aprendeu a falar a língua nativa dos egípcios, embora falasse outros idiomas também.

Cleópatra como rainha do Egito

Cleópatra assumiu o trono do Egito em 51 a.C., ano em que seu pai faleceu. Ela herdou um Egito cheio de problemas financeiros causados pelo seu pai e sob forte ameaça de ser anexado ao território romano.

Para que governasse o Egito, era necessário que ela estivesse casada com algum homem, e acredita-se que ela casou-se forçadamente com seu irmão, Ptolomeu XIII.

Ptolomeu XIII seria então cogovernante do Egito, mas Cleópatra fazia questão de tomar as próprias decisões, não deixando seu irmão interferir nos seus julgamentos e nas suas ações. Isso levou a uma disputa entre Cleópatra e Ptolomeu XIII, e uma guerra se iniciou. Em 48 a.C., ela teve de fugir de Alexandria.

A disputa travada em Roma entre Júlio César e Pompeu se entrelaçou com a disputa travada no Egito por Cleópatra e Ptolomeu XIII. Isso porque após ser derrotado em uma batalha, Pompeu decidiu se abrigar no Egito, mas Ptolomeu XIII queria conquistar o apoio de Júlio César, então decidiu matar Pompeu, enviando sua cabeça para César.

Júlio César tentou fazer com que Cleópatra e Ptolomeu XIII governassem conjuntamente o Egito, o que não foi aceito pelo segundo. Tropas de Ptolomeu XIII atacaram a Júlio César no Egito, e ele permaneceu cercado durante meses até que tropas de Roma chegaram para libertá-lo dessa situação. Júlio César então atacou Ptolomeu XIII, e ele acabou morrendo afogado em uma batalha.

Após a morte de Ptolomeu XIII, Cleópatra se tornou amante de Júlio César, e juntos eles tiveram um filho chamado Cesarião. Cleópatra chegou a visitar Roma, se hospedando na residência do próprio Júlio César, que era casado com Calpúrnia. O caso extraconjugal de César com Cleópatra não era popular entre os romanos.

Em 44 a.C., Júlio César foi assassinado, e então Cleópatra retornou ao Egito ao descobrir que seu filho com César não havia sido indicado como o principal herdeiro do ditador romano.

Cleópatra e Marco Antônio

Depois do assassinato de Júlio César, que integrava o primeiro triunvirato romano com Crasso e Pompeu, foi formado um segundo triunvirato, composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Inicialmente, os membros do triunvirato procuraram se vingar da morte de César e iniciaram uma intensa perseguição a Cássio e Bruto, os idealizadores do crime.

Depois que a vingança foi obtida, Marco Antônio se tornou governante do Egito e outras províncias do Oriente. Ele se estabeleceu em Tarso e enviou cartas convocando Cleópatra a se apresentar diante dele. Cleópatra compareceu posteriormente, e um pouco depois de serem apresentados, Cleópatra e Marco Antônio tornaram-se amantes. Isso aconteceu em 41 a.C.

O relacionamento durou mais de dez anos, e juntos eles tiveram três filhos: Alexandre Hélio, Cleópatra Selene II e Ptolomeu Filadelfo. O relacionamento de Marco Antônio e Cleópatra nunca foi o relacionamento oficial do romano, que foi casado com outras duas mulheres romanas, sendo que uma delas era Otávia, irmã de seu arquirrival, Otávio.

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O relacionamento de Marco Antônio e Otávio foi se desgastando a partir de 40 a.C. e tornou-se bastante ruim em 32 a.C., quando Marco Antônio repudiou sua esposa Otávia para assumir um casamento com Cleópatra. Isso desagradou Otávio, e ele usou a ação de Marco Antônio como motivo para que o Senado romano autorizasse que uma guerra fosse lançada.

Acesse também: Quatro casais que marcaram a História

Morte de Cleópatra

O desfecho desse conflito para Marco Antônio e Cleópatra foi trágico. Em 31 a.C., as forças egípcias foram derrotadas na Batalha de Áccio, e isso fez com que Cleópatra e Marco Antônio ficassem em uma posição delicada.

As tropas de Otávio invadiram o Egito, e Marco Antônio cometeu suicídio depois de ser falsamente informado da morte de Cleópatra. Posteriormente, Cleópatra tornou-se prisioneira de Otávio, mas, para evitar ser levada para Roma, cometeu suicídio em 30 a.C.

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Cleópatra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/cleopatra.htm. Acesso em 19 de abril de 2024.

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