Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Conjunções coordenativas

As conjunções coordenativas servem para ligar termos e orações independentes entre si. Com elas, cria-se uma relação de sentido entre esses termos.

Tabela com a classificação, sentido e exemplos de conjunções coordenativas.
Há cinco tipos de conjunções coordenativas.
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

As conjunções coordenativas são palavras usadas para conectar dois termos ou duas orações independentes entre si, de modo a criar uma relação de sentido entre elas, que pode ser de adição, oposição, alternância, consequência ou causa.

Leia também: Afinal, o que é uma conjunção?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre conjunções coordenativas

  • As conjunções coordenativas ligam dois termos ou duas orações independentes entre si.

  • Com essas conjunções, é estabelecida uma relação de sentido entre os termos conectados por elas.

  • Essa relação pode ser de adição, oposição, alternância, consequência ou causa.

  • As conjunções coordenativas podem ser classificadas como aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

  • Uma mesma conjunção coordenativa pode estabelecer diferentes relações de sentido, dependendo dos termos conectados por ela.

Videoaula sobre conjunções coordenativas

O que são conjunções coordenativas?

As conjunções coordenativas são palavras que ligam dois termos ou duas orações independentes para estabelecer uma relação de sentido entre eles.

Observe:

No treino de hoje, eu fiz flexões e abdominais.

A conjunção “e” liga dois termos independentes: “flexões” e “abdominais”, estabelecendo uma relação de soma entre essas palavras. Agora, veja outro exemplo:

Acordei cedo, mas continuei deitado na cama.

Aqui, há duas orações independentes entre si que podem ser lidas separadamente mantendo-se o sentido completo: “acordei cedo” e “continuei deitado na cama”. No entanto, elas são ligadas pela conjunção “mas”, que estabelece relação de oposição entre elas.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Como se classificam as conjunções coordenativas?

cinco tipos de classificações coordenativas de acordo com a relação que costumam estabelecer entre os termos que ligam. Veja um resumo na tabela a seguir.

Classificação

Sentido

Exemplos

aditiva

adição, soma

e, também, nem, mas também, não só

adversativa

oposição

mas, porém, todavia, entretanto, contudo

alternativa

alternância

ou… ou, ora... ora, nem... nem

conclusiva

causa

logo, portanto, então

explicativa

explicação

porque, pois, porquanto, por isso

  • Conjunções coordenativas aditivas

Estabelecem relação de soma adicionando um sentido ao outro na oração ou no período. Veja:

Fui à festa e dancei muito!

Nesse enunciado, a conjunção “e” acrescenta a ação “ir” à ação “dançar”, sendo ambas consideradas no enunciado.

  • Conjunções coordenativas adversativas

Estabelecem relação de oposição, contradição entre os termos ou as orações ligadas.

Observe:

Fui à festa, mas não dancei nada...

Nesse enunciado, a conjunção “mas” cria uma ideia de oposição entre as duas ações (“ir” e “dançar”), expressando um conflito entre elas.

  • Conjunções coordenativas alternativas

Estabelecem relação de alternância entre os termos ou as orações conectadas.

Veja:

Ou vamos à festa, ou descansamos em casa.

Nesse enunciado, as conjunções “ou... ou” criam uma alternância entre a ação “ir” e a ação “descansar”, sendo que ambas podem ser consideradas em momentos diferentes ou uma deve ser escolhida em detrimento da outra.

  • Conjunções coordenativas conclusivas

Estabelecem relação de conclusão, de consequência entre os termos ou as orações ligadas.

Leia a seguir:

Dancei muito na festa; portanto, cheguei cansado em casa.

Nesse enunciado, a conjunção “portanto” mostra que o termo “chegar cansado” é uma consequência da ação “dançar”, sendo que ambas permanecem independentes uma da outra no enunciado, podendo ser lidas isoladamente.

  • Conjunções coordenativas explicativas

Estabelecem relação de explicação entre os termos ou as orações conectadas.

Veja:

Nem me lembrei da festa, porque meu dia foi muito corrido.

Nesse enunciado, a conjunção “porque” indica que não se lembrar da festa ocorre em razão de o dia ter sido muito corrido. Apesar dessa relação de sentido, cada oração permanece independente uma da outra, mantendo sentido se lidas isoladamente.

Leia também: Uso da vírgula nas orações coordenadas

Diferentes sentidos de uma conjunção coordenativa

Apesar das explicações acima, muitas vezes uma mesma conjunção coordenativa pode estabelecer relações diferentes daquela que geralmente estabelece, a depender do contexto.

Veja alguns casos a seguir.

Não colaborou com o grupo e ganhou nota mesmo assim.

Aqui, a conjunção “e” liga duas orações, mas com sentido de oposição, e não de adição.

Nossa equipe era muito ágil, mas muito ágil!

Nesse enunciado, a conjunção “mas” não tem sentido de oposição. Ao invés disso, ela intensifica e reforça o que foi dito anteriormente.

Eu estava sossegado no meu canto, então aquele desastre aconteceu...

Aqui, a conjunção “então” não estabelece relação de conclusão, pois isso não faria sentido pelo contexto. Em vez disso, a conjunção traz a ideia de tempo, quebrando a expectativa da primeira oração.

Conjunções coordenativas x conjunções subordinativas

As conjunções coordenativas conectam termos e orações que são independentes entre si. Já as conjunções subordinativas conectam termos e orações que têm relação de dependência entre si, ou seja, uma oração dependa de outra para fazer sentido no enunciado.

Veja a diferença a seguir.

  • Conjunção coordenativa:

Fiquei cansado, mas não parei de dançar.

  • Conjunção subordinativa:

Fiquei cansado após dançar muito na festa.

Para saber mais sobre as conjunções subordinativas, clique aqui.

Exercícios resolvidos sobre conjunções coordenativas

Questão 1

(Cespe/Cebraspe - adaptada)

Voltou a tramitar na Câmara dos Deputados projeto

de lei que permite a divulgação da imagem e de informações,

em livros biográficos, de pessoas de notoriedade pública.

O crescente número de ações judiciais abertas por parentes dos

biografados contra editoras e autores de biografias, seja para

pedir compensação financeira a título de ressarcimento por

dano moral, seja com o objetivo de tirar livros de circulação,

compromete a liberdade de expressão e o direito à informação.

Esse problema ganhou vulto nos últimos anos.

Alegando que a Constituição Federal garante a imagem e a

intimidade das pessoas, o cantor Roberto Carlos conseguiu, em

2007, que a justiça mandasse retirar das livrarias um livro

escrito por um admirador que relatava sua vida familiar e sua

trajetória artística. Em 2008, a justiça também mandou retirar

do mercado a primeira biografia completa de João Guimarães

Rosa.

É fundamental à sociedade conhecer sua história. As

biografias de pessoas de interesse público têm um papel muito

importante nesse sentido. A soma de cada uma das histórias

dessas personagens é que escreve a história de um povo e de

uma nação. Na realidade, enquanto perdurar a legislação em

vigor, todos perdem — o autor, o personagem e os leitores.

Garantir à sociedade o acesso a informações sobre figuras

públicas — sem impedir, é claro, que biógrafos possam ser

acionados judicialmente, caso cometam injúria ou difamação

é forma de preservar direitos fundamentais e assegurar a

livre circulação de ideias, dois princípios vitais para as

sociedades abertas e democráticas.

Em relação às ideias do texto acima e às estruturas nele empregadas, julgue os itens subsequentes.

O vocábulo “seja” (destacado no texto), empregado em ambas as ocorrências como conjunção coordenativa alternativa, confere às orações em que ocorre a noção de possibilidade pela qual se pode optar.

( ) Certo

( ) Errado

Resposta

Certo. No contexto, “seja... seja” são empregados como conjunção coordenativa alternativa, indicando a alternância de possibilidades.

Questão 2

(FGV - adaptada)

“A sociedade não tem lado de fora. O que está fora da sociedade seria desumano, pois ela nada mais é que a relação entre os humanos.” (L. 33-35)

A respeito do uso do vocábulo “pois” no fragmento acima, pode-se afirmar que se trata de:

A) uma conjunção subordinativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo valor de explicação.

B) uma preposição que estabelece conexão entre períodos coordenativos introduzindo valor de consequência.

C) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo valor de alternância.

D) um pronome relativo que introduz a oração relativa explicativa retomando a expressão sociedade.

E) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo valor de explicação.

Resposta

Alternativa E. Por conectar duas orações coordenadas, independentes entre si, trata-se de uma conjunção coordenativa. A relação estabelecida entre elas é de explicação.

Fontes:

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Parábola, 2021.

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 38ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2016. 

Escritor do artigo
Escrito por: Guilherme Viana Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

VIANA, Guilherme. "Conjunções coordenativas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncoes-coordenativas.htm. Acesso em 27 de abril de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

(UFSM) – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.

1. Correu demais, ... caiu.

2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.

3. A matéria perece, ... a alma é imortal.

4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.

5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.

a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

b) por isso, porque, mas, portanto, que

c) logo, porém, pois, porque, mas

d) porém, pois, logo, todavia, porque

e) entretanto, que, porque, pois, portanto

Exercício 2

(Tuiuti) Em: “Estudam, porém não trabalham”, a oração destacada é:

a – (  ) subordinada adverbial consecutiva

b – (  ) coordenada sindética adversativa

c – (  ) coordenada sindética conclusiva

d – (   ) subordinada substantiva predicativa

e – (   ) n. d. a