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Supervulcão de Yellowstone

Yellowstone enquadra-se na categoria dos supervulcões em virtude de sua grandeza e da magnitude estimada de sua eventual atividade.

Os gêiseres são comuns ao longo do Parque Nacional de Yellowstone
Os gêiseres são comuns ao longo do Parque Nacional de Yellowstone
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Além dos vulcões comuns, que são naturalmente perigosos e que, quando ativos, provocam profundas alterações no espaço terrestre, existem os chamados supervulcões, cuja erupção transforma não tão somente as suas proximidades, mas também áreas continentais ou até o planeta como um todo, influenciando o funcionamento do clima e dos seres vivos em proporções inimagináveis. Junto aos asteroides, eles constituem a maior ameaça natural para a humanidade.

O supervulcão mais conhecido na atualidade é o de Yellowstone, localizado nos Estados Unidos, nos estados de Wyoming, Montana e Idaho. Sua forma não obedece ao padrão de um vulcão qualquer, com uma formação montanhosa em forma de “cone”. Na verdade, sua superfície forma uma cobertura sobre uma área da crosta terrestre composta por uma imensa piscina de magma – chamada de caldeira. Recentemente, cientistas descobriram que o tamanho dessa caldeira é duas vezes e meia maior do que se imaginava, com 55 km de profundidade, contendo cerca de 300 km³ de rocha derretida em uma área de aproximadamente 2700 km².

A última erupção do vulcão de Yellowstone aconteceu há cerca de 600 mil anos, segundo estimativas. Os estudos realizados já sabem de mais duas atividades anteriores a essa, ocorridas há 1,3 e 2,1 milhões de anos, respectivamente. Dessa forma, muitos geólogos afirmam que as atividades sísmicas desse vulcão apresentam um ritmo regular de 700 mil anos em média, apesar de ainda não existirem dados conclusivos que comprovem essa teoria.

Se Yellowstone entrasse em erupção agora, ele jogaria suas cinzas tão alto que elas ficariam suspensas na atmosfera por vários anos, provocando uma redução média das temperaturas em cerca de 10ºC por todo o planeta, em virtude do bloqueio dos raios solares por essa “nuvem de cinzas”. Além disso, seria bem provável que a maior parte do continente norte-americano se tornasse praticamente inabitável.

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Apesar de todo esse risco, o local constitui um dos principais pontos turísticos dos Estados Unidos. O Parque Nacional de Yellowstone – fundado em 1872 e, portanto, o mais antigo do mundo – atrai cerca de três milhões de turistas por ano, apresentando inúmeras belezas naturais, como os inúmeros gêiseres, cachoeiras e piscinas geotérmicas da região, além de fauna e flora exuberantes. A principal temporada de visitação ocorre entre os meses de junho e setembro.

Turista fotografando um urso no Parque Nacional de Yellowstone
Turista fotografando um urso no Parque Nacional de Yellowstone

Há riscos de Yellowstone entrar em erupção?

Ao contrário do que se imagina, o supervulcão de Yellowstone não está “adormecido”, mas em plena atividade. No entanto, os intervalos entre suas erupções, considerados breves em termos geológicos, são muito longos em termos históricos. Não há um consenso sobre quando será sua próxima erupção, mas estima-se que ela ocorrerá daqui a 100 mil anos.

De qualquer forma, os cientistas buscam encontrar formas para prever uma eventual ocorrência, uma vez que estudos apontaram que o magma deveria manter-se em pressão durante quase uma década inteira para, enfim, explodir. Porém, além do acúmulo da pressão interna, outra forma de se “acordar o gigante” seria através de algum fator externo, como os terremotos. Não há indícios de que a atividade humana exerça qualquer tipo de influência nesse caso.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
 

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Supervulcão de Yellowstone"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/yellowstone.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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