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Hidatidose

Cisto de Echinococcus granulosus, alojado no cérebro
Cisto de Echinococcus granulosus, alojado no cérebro
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A hidatidose consiste na presença patogênica do platelminto Echinococcus granulosus ou Echinococcus vogeli: vermes cujos canídeos, como cães, raposas e lobos, são os hospedeiros definitivos. Bovinos, ovinos, roedores e outros herbívoros são hospedeiros intermediários; e na nossa espécie, é um parasita acidental.

Essas duas espécies pertencem à classe Cestoda, ordem Cyclophyllidea e Família Taeniidae e fazem parte de seus representantes de tamanho menor (por isso são conhecidas como tênia anã). Entretanto, suas larvas são mais volumosas do grupo em questão.

Os cães se contaminam ao ingerir as vísceras de outros hospedeiros. Estes últimos adquirem a doença pela ingestão dos ovos do parasito, estes expelidos nas fezes dos hospedeiros definitivos. Se espalhando na água, solo e ambiente em geral, estes ovos permitem com que os outros hospedeiros adquiram a doença. O contato direto com o animal infestado pode, também, causá-la.

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No intestino, os ovos são eclodidos e as larvas, via sistema circulatório, se espalham e alojam em determinadas regiões do organismo. Elas afetam, principalmente, o fígado, pulmão e cérebro, formando cistos. Esses crescem cerca de 1 a 5 cm ao ano, podendo atingir tamanho maior que o de uma bola de futebol. Quando se rompem, causam choque anafilático e há grandes chances do indivíduo ir a óbito.

Os sintomas variam de acordo com a localização e tamanho destas esferas e são consequência da pressão física que estas exercem sobre a víscera do hospedeiro: dores abdominais, fadiga, febre, alergias e tosse são os mais comuns, mas esta doença pode se apresentar assintomática, na sua fase inicial.

O diagnóstico se faz por raios-X, ecografia ou tomografia. Para tratamento, utiliza-se um fármaco denominado prazinquantel e podem ser necessárias cirurgias, a fim de se retirar os cistos.

Quanto à prevenção, recomenda-se o tratamento dos cães infectados e evitar com que estes se alimentem de carne crua. Hábitos de higiene, como lavar sempre as mãos e também os alimentos antes de consumi-los, ingerir água filtrada e dosar o contato com estes animais também são necessários.

Informação útil: em 2008 foi criado o primeiro centro de referência em hidatidose de nosso país - o Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados, do Instituto Oswaldo Cruz.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.


Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Hidatidose"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/cisto-hidatico.htm. Acesso em 20 de abril de 2024.

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