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Amensalismo e parasitismo

O piolho é um parasita que se associa ao homem, seu hospedeiro
O piolho é um parasita que se associa ao homem, seu hospedeiro
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O amensalismo e parasitismo são duas relações ecológicas que ocorrem entre espécies distintas (interespecíficas) e têm em comum o fato de que, em ambas, uma espécie prejudica o desenvolvimento da outra.

No amensalismo, a inibição do desenvolvimento de indivíduos de determinada população ocorre sem que haja o favorecimento da espécie causadora desse quadro. A destruição de plantas e pequenos seres vivos por animais de grande porte, como elefantes, ao caminhar, é um exemplo. A liberação de toxinas por dinoflagelados, no fenômeno das marés vermelhas, prejudicando os seres que vivem nesse hábitat, é outro exemplo.

Existe um tipo particular de amensalismo, chamado antibiose, que consiste na inibição do desenvolvimento de indivíduos de uma população graças à excreção de substâncias por uma parte de outra espécie. A penicilina, excretada por fungos do Gênero Penicillium, foi e ainda é amplamente utilizada para o tratamento de inúmeras infecções bacterianas, graças à descoberta acidental dessa relação entre os tais organismos, por Fleming, em 1928.

Já o parasitismo é uma relação na qual um organismo (o parasita) se associa a outro ser vivo (o hospedeiro) com a finalidade de se alimentar às suas custas. Quando isso ocorre externamente, seja na pele, pelo ou cabelos, falamos em ectoparasitismo. Já em situação na qual o parasita vive dentro do organismo do indivíduo afetado, como bactérias e vermes, trata-se de endoparasitismo. Geralmente, as características que não conferem vantagens ao parasita estão ausentes ou são atrofiadas; como é o caso do sistema digestório e órgãos dos sentidos.

Parasitas tendem a causar debilidade no indivíduo afetado, mas raramente causam sua morte. Vírus, bactérias, protozoários e vermes são os grupos de seres vivos mais conhecidos em termos de parasitismo. Tal relação também existe entre plantas: o cipó-chumbo, por exemplo, retira substâncias orgânicas de outros vegetais, para garantir sua nutrição.

Existem, ainda, mais duas formas de predatismo: o esclavagismo, em que indivíduos de uma espécie capturam outros de espécie distinta, para que estas, ao crescerem, vivam como operárias, buscando alimento para seus parasitas; e o parasitismo social, no qual determinados animais fazem com que outra espécie cuide de seus filhotes: estratégia bastante utilizada entre cucos e outras aves (seus hospedeiros).

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Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Amensalismo e parasitismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/amensalismo-e-parasitismo.htm. Acesso em 25 de abril de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

Quando algumas espécies de algas multiplicam-se de forma intensa, ocasionam as chamadas florações. Essas florações podem liberar toxinas que causam a morte de outras espécies que vivem na região. Esse tipo de relação ecológica é chamado de:

a) herbivoria.

b) comensalismo.

c) canibalismo.

d) parasitismo.

e) amensalismo.

Exercício 2

No parasitismo, duas espécies diferentes relacionam-se de modo que uma é prejudicada com essa interação. Diante dessa afirmação, podemos concluir que o parasitismo se trata de uma relação:

a) intraespecífica positiva.

b) interespecífica positiva.

c) intraespecífica negativa.

d) interespecífica negativa.