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Homo sapiens

Homo sapiens é a única espécie humana vivente no planeta nos dias atuais. Entretanto, até chegarmos aqui, várias espécies fizeram parte da nossa história.

Grupo da espécie Homo sapiens se aquecendo em volta de uma fogueira.
Cérebro bem desenvolvido, capacidade de falar e produzir cultura são as características mais marcantes do ser humano moderno.
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Homo sapiens é o nome científico dado ao humano moderno e significa “homem sábio”. O ser humano moderno apresenta como característica mais marcante o cérebro bem desenvolvido, o que permitiu, por exemplo, o desenvolvimento da fala e da cultura. Os seres humanos apresentam uma história evolutiva complexa, com várias espécies fazendo parte dessa grande árvore.

 Há ainda muito a ser descoberto, sendo possível encontrar muita divergência entre os autores quando o assunto é evolução humana. Dentre as espécies que fazem parte dessa história podemos citar: Sahelanthropus tchadensis, Ardipithecus ramidus, Australopithecus anamensis, Australopithecus africanus, Australopithecus afarensis, Homo habilis, Homo ergaster, Homo erectus e Homo neanderthalensis.  

Leia também: Seleção natural — um dos três pontos principais da teoria de Charles Darwin

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Homo sapiens

  • Homo sapiens é o nome científico do ser humano moderno.

  • O ser humano moderno é conhecido como “homem sábio” devido ao seu cérebro desenvolvido e grande capacidade cognitiva.

  • Além do desenvolvimento cerebral, outras características que garantiram o sucesso evolutivo da nossa espécie foram a postura ereta e o bipedismo.

  • Várias espécies surgiram e desapareceram no decorrer da história evolutiva da nossa espécie.

Características do Homo sapiens

Ilustração de três crânios: de um primata, de um Australopithecus e de um Homo sapiens.
Observe que, ao longo da história evolutiva humana, ocorreu o aumento da capacidade craniana dos hominídeos.

Homo sapiens é o nome científico do ser humano moderno e significa “homem sábio” ou “homem que sabe”. Esse nome faz referência a uma importante característica da nossa espécie: possuir um cérebro bem desenvolvido que nos permitiu o desenvolvimento da fala, capacidade de apreender e raciocinar, usar ferramentas complexas e o desenvolvimento da cultura.

Além do cérebro bem desenvolvido, a espécie humana difere-se dos seus ancestrais mais antigos por possuir uma postura ereta e ser bípede, ou seja, deslocar-se utilizando as duas pernas. O bipedismo foi um grande marco na nossa evolução, uma vez que permitiu, por exemplo, que nossas mãos estivessem livres para a realização de outras tarefas, incluindo a criação e utilização de ferramentas complexas que nos ajudaram ao longo do tempo.

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Classificação taxonômica do Homo sapiens

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Primata

Família: Hominidae

Gênero: Homo

Espécie: Homo sapiens

Saiba mais: Evidências da evolução biológica

Evolução da espécie humana

A evolução da espécie humana é um tema ainda muito debatido no meio científico, sendo possível encontrar diferentes árvores filogenéticas para demonstrar esse processo. Apesar de ainda haver discussão a respeito de algumas espécies, o fato é que durante a história evolutiva do ser humano, várias espécies surgiram e desapareceram, restando, atualmente, apenas o humano moderno.

Vamos conhecer, a seguir, algumas espécies de hominídeos que fizeram parte da nossa história.

Crânios de cinco espécies da evolução humana, sendo o último do Homo sapiens.
Crânios de alguns hominídeos que fizeram parte da história evolutiva humana.
  • Sahelanthropus tchadensis: para alguns autores, essa espécie se trata do mais antigo e primitivo precursor do ser humano moderno, portanto iniciaremos aqui o nosso estudo sobre a história evolutiva do ser humano. Essa espécie viveu cerca de 7 milhões de anos atrás e foi descoberta na África, mais precisamente no deserto do Chade. Apesar de existirem alguns questionamentos sobre a forma como esses hominídeos se locomoviam, muitos afirmam que se tratava de uma espécie bípede. Além disso, destacam-se por sua face achatada e dentes caninos reduzidos.

  • Ardipithecus ramidus: essa espécie foi descoberta na Etiópia, e o fóssil encontrado possuía 125 partes, estando algumas muito bem preservadas. O espécime era uma mulher que possuía 1,2 metro de altura, cerca de 55 quilos e era um hominídeo bípede, mas que também subia em árvores. A espécie foi datada de 4,4 – 4,5 milhões de anos.

  • Australopithecus: existiram diferentes espécies pertencentes ao gênero Australopithecus. Eles surgiram em um período em que a diversidade de hominídeos sofreu um grande aumento, entre 4 e 2 milhões de anos atrás.

  • Australopithecus anamensis: trata-se da espécie mais antiga de Australopithecus. Foi descoberta no Quênia, e acredita-se que viveu entre 4,2 e 3,9 milhões de anos atrás.

  • Australopithecus africanus: é a espécie mais conhecida de Australopithecus. Foi descoberta em 1924 na África do Sul e, provavelmente, viveu em nosso planeta entre 3 e 2,4 milhões de anos atrás. Destaca-se por apresentar cérebro pequeno, o qual correspondia a cerca de um terço do tamanho do cérebro do ser humano moderno. Apesar dessa diferença, sua dentição e mãos eram semelhantes às dos humanos atuais.

  • Australopithecus afarensis: o fóssil mais antigo dessa espécie é conhecido como Lucy, foi datado de 3,2 milhões de anos e trata-se de uma mulher de cerca de 1 m de altura, bípede e de cérebro pequeno, o qual era um pouco maior que o de uma bola de tênis. O volume do cérebro dessa espécie é de cerca de 400 cm3, enquanto o crânio do ser humano moderno apresenta 1400 cm3.

Reprodução do rosto de Lucy, fóssil da espécie Australopithecus afarensis, que antecedeu o gênero Homo.
Reconstrução de Lucy. Museu da Evolução, Palácio da Cultura e Ciência, Varsóvia, Polônia. [1]
  • Homo habilis: seu nome científico está relacionado com sua capacidade de fazer ferramentas, as quais já foram encontradas perto de seus fósseis. Trata-se do primeiro representante do gênero Homo. Essa espécie de hominídeo apresentava um crânio maior do que o observado em Australopithecus, bem como uma mandíbula mais curta. Os fósseis de Homo habilis apresentam idade de aproximadamente 2,4 a 1,6 milhões de anos.

  • Homo ergaster: essa espécie se destaca por apresentar um volume craniano ainda maior que o apresentado pelo Homo habilis. Enquanto esse último apresentava um volume cerebral de cerca de 600 a 750 cm3, o de Homo ergaster apresentava cerca de 900 cm3. Possuía capacidade de andar por longas distâncias, usava ferramentas sofisticadas e, provavelmente, devido ao formato de seus dedos, não escalava árvores. Além disso, possuía um dimorfismo sexual menos acentuado. O Homo ergaster é considerado por alguns autores como membro primitivo da espécie Homo erectus.

  • Homo erectus: originou-se na África, onde pode ter vivido entre 2 milhões de anos e 400.000 anos. A espécie destaca-se por sua capacidade de migração.

  • Homo neanderthalensis: essa espécie foi descoberta em 1856, quando fósseis, datados de 40.000 anos, foram encontrados em uma caverna da Alemanha. Estudos indicaram que eles viveram na Europa, se espalhando, posteriormente, pelo Oriente, Ásia e sul da Sibéria. A espécie é considerada por alguns autores como uma subespécie do Homo sapiens e destaca-se por apresentar cérebro bem desenvolvido e, assim como humanos modernos, enterrar seus mortos. Além disso, produzia ferramentas utilizando pedra e madeira.

  • Homo sapiens: os primeiros fósseis da espécie datam de 195.000 e 160.000 anos, uma época em que outros hominídeos ainda eram encontrados no planeta. Alguns estudos indicam que em determinado momento da nossa história era possível observar cerca de oito espécies diferentes, sendo todas pertencentes ao gênero Homo. Ainda não se sabe, no entanto, como a espécie Homo sapiens se tornou a única em nosso planeta. Alguns pesquisadores indicam que, provavelmente, a convivência competitiva com Homo sapiens foi um dos motivos para a extinção de outras espécies. Além disso, a capacidade da nossa espécie de responder de diferentes formas a diferentes situações pode ter ajudado em nosso sucesso.

Créditos da imagem

[1] GregGrabowski e Shutterstock

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia   

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Homo sapiens"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-nossa-especie-homo-sapiens.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

O estudo da história evolutiva do homem, assim como da história de vida de outras espécies, é complexo e cheio de lacunas, uma vez que o trabalho é feito basicamente com fósseis, que nem sempre estão bem preservados. O esqueleto mais antigo encontrado no Brasil da espécie Homo sapiens viveu há cerca de 11 mil anos e é conhecido pelo nome de:

a) Helena.

b) Luzia.

c) Naia.

d) Lúcia.

e) Lucy.

Exercício 2

Ao estudar a evolução da espécie humana moderna (Homo sapiens), observamos o surgimento de várias características em espécies ancestrais que beneficiaram seu estabelecimento e sucesso no ambiente. Entre essas características, podemos citar a bipedia e o desenvolvimento de ferramentas. A primeira espécie reconhecida como capaz de fabricar artefatos de pedra é chamada de:

a) Homo sapiens.

b) Homo habilis.

c) Homo neanderthalensis.

d) Homo ergaster.

e) Homo erectus.

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