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Sapo-cururu (Família Bufonidae)

Rhinella schneideri: indivíduo da Família Bufonidae. Observe as paratoideas, logo após os olhos
Rhinella schneideri: indivíduo da Família Bufonidae. Observe as paratoideas, logo após os olhos
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Reino Animalia
Filo Chordata
Classe Amphibia
Ordem Anura
Família Bufonidae

Sapo-cururu é o nome popular atribuído aos anfíbios anuros da Família Bufonidae. No Brasil temos mais de 65 espécies pertencentes a este grupo.

A característica principal desses animais é a pele grossa e rica em glândulas. As patas são curtas, o corpo é largo, e seus hábitos são mais terrestres que outros anfíbios. Geralmente, recorrem a ambientes aquáticos somente em épocas reprodutivas, e para a desova. Nestes períodos, assim como diversos outros anfíbios, os machos tendem a vocalizar (coachar), como uma estratégia de acasalamento, atraindo fêmeas. Costumam alimentar-se de pequenos invertebrados voadores, capturados com sua língua elástica e pegajosa.

A simpatia a esses animais não costuma ser comum. Isso se deve, principalmente, a três fatos: serem associados a maus presságios; o aspecto não atraente, convencionalmente falando; e o receio de ser atingido por seus “esguichos” de veneno. Tais fatos refletem o desconhecimento que a população, em geral, tem acerca dos cururus, já que se percebe um forte e errôneo caráter cultural arraigado nessas falas. Esses animais são responsáveis pelo controle de mosquitos, inclusive aqueles que transmitem doenças, como o Aedes aegypti; as substâncias que excretam podem ser utilizadas na produção de remédios, como fármacos para câncer e hanseníase.

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Quanto ao “esguicho de veneno nos olhos”, podemos dizer que não é bem assim. Tal substância é expelida somente quando a glândula paratoidea, localizada atrás dos olhos e tímpanos, é pressionada. Assim, temos dois pontos para reflexão: a inexistência de uma real necessidade de se apertar tais locais; e também o fato de que, mesmo nessas situações, a liberação do “leite venenoso” não é tão acentuada a ponto de esguichar e, tampouco, atingir os olhos.

Agora que você conhece os sapos-cururus de forma mais completa, é prudente que repense se, realmente, os tem tratado tal como merecem, ou seja: com respeito!

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Vertebrados - Animais - Brasil Escola

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Sapo-cururu (Família Bufonidae)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/sapocururu-familia-bufonidae.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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